Quando pensamos em gestão, na grande maioria das vezes nos vem à cabeça os processos realizados para organizar materiais, documentos, tarefas e cargos, mas quase nunca nos vem à cabeça a possibilidade de existirem processos que facilitem a organização de um grupo de pessoas e da função de cada uma delas em uma equipe para atingir um objetivo chave... não é verdade?!?
E, considerando que atualmente todo serviço de saúde, da atenção básica à atenção de nível terciário, depende do bom funcionamento e envolvimento da equipe de profissionais responsáveis pela prestação de serviços, dar uma certa atenção para esse tipo de gestão, a gestão de pessoas, passa a ser algo muito mais importante, não passa? É justamente por isso que vamos discutir sobre o que seria uma equipe, sobre como tornar essa equipe altamente eficiente, sobre como cada integrante pode atingir seu máximo potencial dentro dessa equipe e a importância do líder nesses casos.
Assim como todo processo que deve ser realizado por um grupo de pessoas, o bom funcionamento dos serviços de saúde acabam por depender diretamente de uma boa interação entre os profissionais que compõem a equipe e de uma boa gestão dessa equipe; afinal, uma equipe é e sempre será um grupo de pessoas que acabam se complementando através de suas habilidades, estando comprometidas umas com as outras e despendendo esforços por um objetivo/projeto em comum, e, em uma equipe de saúde, os profissionais das mais diversas áreas acabam por se unir para garantir uma saúde de qualidade para a população para quem oferecem seus serviços.
Na atualidade, com o avanço das tecnologias e o desenvolvimento de inúmeras ferramentas de dados, essa “gestão de pessoas” pode ser baseada em uma rede maciça de dados, através do uso de programas como Machine learning, people analytics e afins. Uma gestão em saúde de qualidade associa-se, direta e consequentemente, com uma boa estratégia de gestão das pessoas que compõem a equipe do serviço de saúde; e, tal gestão se dará de fato apenas se cada integrante conseguir atingir suas potencialidades máximas e se sentir pertencente ao grupo, já que as partes fazem o todo e só se pode modificar o todo se as partes forem consonantes.
Para que o indivíduo consiga atingir seu máximo dentro de uma equipe é preciso que ele desenvolva suas habilidades sociais, ou seja, que ele seja capaz de transformar seus conhecimentos em ações e, assim, atingir um desempenho desejado, chegando a um comportamento satisfatório. A habilidade social acaba sendo, então, uma característica intrínseca ao comportamento do indivíduo, sendo reflexo de todo o processo de aprendizado pelo qual o mesmo passou e que, através das situações cotidianas, acaba por facilitar a interação social.
O desenvolvimento das habilidades sociais depende do desenvolvimento de três pilares principais: a empatia, a flexibilidade e o feedback. A empatia refere-se justamente à capacidade do indivíduo de compreender o sentimento dos outros, através de uma reação mais emocional tanto no agir quanto no pensar; a flexibilidade é a capacidade de moldar-se de acordo com as necessidades, algo essencial para que o papel do indivíduo dentro da equipe possa ser exercido de acordo com seus propósitos; e o feedback diz respeito a informação de retorno, que pode funcionar como estímulo ou fator desencadeante de mudança, partindo tanto do indivíduo para a equipe quanto da equipe para o indivíduo.
Por fim, para que uma equipe funcione de fato é preciso que haja cooperação e um bom relacionamento interpessoal, já que em uma equipe as pessoas não devem atuar isoladamente mas sim interagindo com os demais integrantes para que todos consigam atingir seus objetivos. É justamente a interação que acaba por tornar o trabalho muito mais prazeroso e que permite o surgimento da cooperação mútua pela possibilidade de compartilhamento de ideias e soluções que podem alavancar a tomada de decisões por parte do grupo como um todo, melhorando ainda mais o ambiente de trabalho.
E ahh, não poderíamos nos esquecer do líder não é mesmo?! Afinal, toda equipe precisa de um líder... mas o que é preciso para ser um bom líder e levar a equipe "ao infinito e além"? Sabe-se que para ser um líder não basta "saber mandar", um bom líder não é aquele que exprime medo em seus subordinados, mas sim aquele capaz de estimular sua equipe e por ela ser admirado. Além disso, é preciso que o líder saiba identificar as fraquezas da equipe e consiga trabalhá-las, que saiba potencializar os pontos fortes, que consiga manter a equipe sempre unida e promover um desenvolvimento contínuo da mesma.
Finalizamos por aqui pessoal! E não se esqueçam: para uma boa gestão de saúde... VAI TIME!