domingo, 18 de novembro de 2018

Estratégia de Gestão de Pessoas



Quando pensamos em gestão, na grande maioria das vezes nos vem à cabeça os processos realizados para organizar materiais, documentos, tarefas e cargos, mas quase nunca nos vem à cabeça a possibilidade de existirem processos que facilitem a organização de um grupo de pessoas e da função de cada uma delas em uma equipe para atingir um objetivo chave... não é verdade?!?
 E, considerando que atualmente todo serviço de saúde, da atenção básica à atenção de nível terciário, depende do bom funcionamento e envolvimento da equipe de profissionais responsáveis pela prestação de serviços, dar uma certa atenção para esse tipo de gestão, a gestão de pessoas, passa a ser algo muito mais importante, não passa? É justamente por isso que vamos discutir sobre o que seria uma equipe, sobre como tornar essa equipe altamente eficiente, sobre como cada integrante pode atingir seu máximo potencial dentro dessa equipe e a importância do líder nesses casos.

Mind Blown GIF - MindBlown ConanObrien HeadExplode GIFs 


Assim como todo processo que deve ser realizado por um grupo de pessoas, o bom funcionamento dos serviços de saúde acabam por depender diretamente de uma boa interação entre os profissionais que compõem a equipe e de uma boa gestão dessa equipe; afinal, uma equipe é e sempre será um grupo de pessoas que acabam se complementando através de suas habilidades, estando comprometidas umas com as outras e despendendo esforços por um objetivo/projeto em comum, e, em uma equipe de saúde, os profissionais das mais diversas áreas acabam por se unir para garantir uma saúde de qualidade para a população para quem oferecem seus serviços.

Hospital Dance Party GIF - Doctors Patient Surgery GIFs


  Na atualidade, com o avanço das tecnologias e o desenvolvimento de inúmeras ferramentas de dados, essa “gestão de pessoas” pode ser baseada em uma rede maciça de dados, através do uso de programas como Machine learning, people analytics e afins. Uma gestão em saúde de qualidade associa-se, direta e consequentemente, com uma boa estratégia de gestão das pessoas que compõem a equipe do serviço de saúde; e, tal gestão se dará de fato apenas se cada integrante conseguir atingir suas potencialidades máximas e se sentir pertencente ao grupo, já que as partes fazem o todo e só se pode modificar o todo se as partes forem consonantes.



Para que o indivíduo consiga atingir seu máximo dentro de uma equipe é preciso que ele desenvolva suas habilidades sociais, ou seja, que ele seja capaz de transformar seus conhecimentos em ações e, assim, atingir um desempenho desejado, chegando a um comportamento satisfatório. A habilidade social acaba sendo, então, uma característica intrínseca ao comportamento do indivíduo, sendo reflexo de todo o processo de aprendizado pelo qual o mesmo passou e que, através das situações cotidianas, acaba por facilitar a interação social.
Imagem relacionada 


O desenvolvimento das habilidades sociais depende do desenvolvimento de três pilares principais: a empatia, a flexibilidade e o feedback. A empatia refere-se justamente à capacidade do indivíduo de compreender o sentimento dos outros, através de uma reação mais emocional tanto no agir quanto no pensar; a flexibilidade é a capacidade de moldar-se de acordo com as necessidades, algo essencial para que o papel do indivíduo dentro da equipe possa ser exercido de acordo com seus propósitos; e o feedback diz respeito a informação de retorno, que pode funcionar como estímulo ou fator desencadeante de mudança, partindo tanto do indivíduo para a equipe quanto da equipe para o indivíduo.



Por fim, para que uma equipe funcione de fato é preciso que haja cooperação e um bom relacionamento interpessoal, já que em uma equipe as pessoas não devem atuar isoladamente mas sim interagindo com os demais integrantes para que todos consigam atingir seus objetivos. É justamente a interação que acaba por tornar o trabalho muito mais prazeroso e que permite o surgimento da cooperação mútua pela possibilidade de compartilhamento de ideias e soluções que podem alavancar a tomada de decisões por parte do grupo como um todo, melhorando ainda mais o ambiente de trabalho. 




E ahh, não poderíamos nos esquecer do líder não é mesmo?! Afinal, toda equipe precisa de um líder... mas o que é preciso para ser um bom líder e levar a equipe "ao infinito e além"? Sabe-se que para ser um líder não basta "saber mandar", um bom líder não é aquele que exprime medo em seus subordinados, mas sim aquele capaz de estimular sua equipe e por ela ser admirado. Além disso, é preciso que o líder saiba identificar as fraquezas da equipe e consiga trabalhá-las, que saiba potencializar os pontos fortes, que consiga manter a equipe sempre unida e promover um desenvolvimento contínuo da mesma. 

Lider GIF - Lider Patron Baskan GIFs


Finalizamos por aqui pessoal! E não se esqueçam: para uma boa gestão de saúde... VAI TIME!




sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Organização dos serviços de saúde


E aí, pessoal, acharam que já tinha acabado?
Hoje falaremos, por último, mas não menos importante, sobre a organização dos serviços de saúde.

Atualmente, o setor de saúde se encontra no setor mais amplo de prestação de serviços, de tal forma que a produção e o consumo de serviços em saúde se dá simultaneamente. Então, quando você procura um médico para examinar uma dor que você sente, sim, você está consumindo saúde. E mais ainda, não podemos negar que a produção de saúde, neste modelo, não está centrada somente na melhora da qualidade de vida geral da população, mas sim, também, por ser seguir a lógica de gestão empresarial, está centrada na busca do lucro e na diminuição dos gastos.

Além desta faceta, ora mais ou ora menos evidente nos serviços de saúde, estes se encontram, hoje em dia, num modelo denominado médico-hegemônico, no qual a organização do serviço é voltada à figura do médico e de seu trabalho, embora haja tentativas, como através da Estratégia Saúde da Família, de se equiparar mais horizontalmente a organização do serviço em seus prestadores interprofissionais, como tomada de decisões conjuntas entre equipe de enfermagem, médicos e agentes comunitários, em sua base, além de outros profissionais da saúde, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, etc.
 Esse modelo ainda foca prioritariamente nas tecnologias duras e leve-duras, como já conversamos em postagem anterior, deixando em detrimento as tecnologias leves, caracterizadas principalmente na relação médico-paciente.

Assim, a principal questão, na organização dos serviços de saúde é: como ofertar um serviço de qualidade de forma eficiente e sem oneração?

Bem, pensando na realidade brasileira, há alguns pontos quando se pensa, principalmente, em saúde pública:

  • Com planejamento e prevenção, muita verba pode ser economizada, ao evitar adoecimentos e complicações de condições clínicas. Pode-se investir em campanhas de conscientização, mutirões, rodas de conversa e terapias em grupo, de tal modo que são evitadas casos agudos e grande número de demandas espontâneas; reduz-se o número de consultas e os usuários ainda ficam mais satisfeitos.
  • O sistema deve se organizar de forma a suprir as demandas espontâneas, com infraestrutura para tal, porém priorizando as demandas programadas, mais uma vez de modo a evitar agudizações, danos e ônus do sistema. Para isso, é necessário planejamento, promoção e prevenção. Além de estruturar o sistema tendo como base a Atenção Primária para a resolução da grande maioria da demanda, que tem tais premissas e oferta cuidado longitudinal e continuado, e deixar para a Atenção Secundária, principalmente, os casos agudos, porém já havendo grande redução da demanda, uma vez que a Atenção Primária possui resolutividade de mais de 70% dos casos; e por fim somente as agudizações mais graves para a Atenção Terciária, que abrange os maiores gastos no sistema de saúde.
  • Centrar o serviço na pessoa e na família, de modo colaborativo, com respeito e dignidade, em vez de centrar na doença de modo prescritivo. Assim, o usuário fica muito mais satisfeito, ao participar da tomada de decisão sobre seu próprio corpo e sua própria vida e ser considerado como um ser humano inteiro, completo, com contexto e subjetividade, em vez de ser tratado como um objeto de intervenção. 
  • Sustentabilidade em saúde: o médico possui, quase exclusivamente no sistema de saúde, o poder prescritivo, e tal fato gera consequências importantíssimas para a organização do sistema de saúde e para a vida dos usuários. Informalmente, denominam isso de "Lei da Canetada do Médico". O serviço do médico, desde a hipótese diagnóstica, pedidos de exames complementares e plano terapêutico, deve sempre ser de modo mais racionalizado, a propor somente o necessário, e transparente possível, com participação do usuário a todo momento, afim de gerar menos intervenções possíveis em um momento que o usuário já se encontra, muitas vezes, mais fragilizado - além de oferecer acessibilidade, respeito e dignidade ao usuário, e ainda não causar prejuízos ao sistema.


Já, pensando em uma clínica privada, é necessário que se pense em sua organização levando em conta alguns pontos baseados na microgestão, em diretrizes clínicas:

  • Qualidade - focar em uma atenção na qualidade dos instrumentos e serviços oferecidos, centrada na pessoa e efetiva, baseada em estudos científicos, e não na tentativa e erro.
  • Eficiência - melhor custo/benefício em tudo.
  • Oportuna - com uma gestão do tempo adequada e resolutiva.
  • Segura - que não cause danos a ninguém.
  • Equitativa - de forma a diminuir desigualdades injustas e com atendimento humanizado.


Deu para elucidarem um pouquinho mais sobre a organização dos serviços em saúde?
Então por enquanto é só!


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Processo de Comunicação Organizacional

Olá, caro leitor! Tudo bem? 

Hoje, vamos falar sobre um tema de grande relevância: COMUNICAÇÃO. Mas afinal, o que é comunicação?



O conceito de comunicação vem do latim communicare, que significa tornar comum, compartilhar, trocar opiniões. O ato de comunicar implica em trocar mensagens que por sua vez envolve emissão e recebimento de informações, utilizando signos e símbolos. Além disso, a comunicação é imprescindível para qualquer organização social e ela só existe quando duas ou mais pessoas estabelecem entre si um contato psicológico.


Já a comunicação organizacional é a possibilidade sistêmica integrada que envolve a organização em sentimento de unidade, sendo que este entrosamento entre todas as pessoas garante o sucesso da comunicação e dos resultados positivos nas organizações. Além disso, a comunicação conduz e transforma em um meio facilitador para proporcionar relações saudáveis no ambiente de trabalho.


Para haver comunicação, é necessário a presença de alguns elementos, como um emissor, um receptor e uma mensagem a ser enviada através de um canal, utilizando um código (por exemplo, a língua portuguesa) dentro de um contexto.


Entretanto, pode ser que ocorra problemas na comunicação, como a ocorrência da filtragem, do ruído e do bloqueio. O ruído é qualquer elemento que interfira na transmissão da mensagem, sendo esta mal-interpretada ou distorcida. Já a filtragem é o processo no qual a comunicação existe, entretanto, apenas parte da mensagem é recebida. Já o bloqueio é quando a mensagem não é captada e a comunicação é interrompida, sendo que a principal causa da ocorrência de bloqueio é a falta de contato psicológico entre os comunicadores. Dentre estes problemas, é preferível que ocorra o bloqueio, já que a comunicação fica interrompida e, desse modo, o receptor pergunta ao emissor o que foi dito e a comunicação volte a se estabelecer. 




Por fim, na prática médica, uma boa comunicação é um elemento essencial para se obter uma melhor relação médico-paciente atingindo resultados mais satisfatórios, como, por exemplo, o estabelecimento de uma boa comunicação entre o médico e o paciente, permite a participação do usuário para traçar o plano terapêutico junto com o profissional e assim conseguir uma maior adesão do paciente ao tratamento proposto.



Por hoje é só! Espero que tenham gostado! Até a próxima!